Durante a Game Developers Conference a companhia OnLive apresentou uma inovadora e interessante proposta alternativa ao modelo de negócio tradicional. É tão simples e brilhante como aplicar um conceito como a televisão on-demand só que desta vez dirigido aos videojogos.
A chave da OnLive, sediada em Palo Alto, Califórnia, reside em acabar com as caríssimas configurações de hardware local na casa dos utilizadores e até mesmo das consolas de nova geração, e inserir um pequeno terminal que custa apenas 100 dólares com o qual se pode usufruir de jogos executando-os em computadores remotos. Estes computadores vão estar instalados num servidor e o utilizador, através de uma conexão à Internet de banda larga, pode jogar sem qualquer problema. Para tal é necessário apenas um PC ou um Mac, com uma configuração pouco exigente, e conectá-lo ao terminal. A empresa afirmou que também vai ser possível prescindir desse PC e conectar-se ao OnLive directamente em qualquer televisão com saída HDMI ou por componentes.
Muitos dos que viram esta apresentação disseram que se trata de uma autêntica revolução e já o apelidaram de "assassino de consolas", ou "o fim das placas gráficas topo de gama", ou "o Youtube dos videojogos."
As reacções da imprensa e produtoras a este conceito proposto pela OnLive foram bastante positivas, depois de terem feito uma demonstração, num MacBook Air de série, em que os seus criadores conseguiam fazer funcionar de forma remota um título tão complexo como Crysis a 60 frames por segundo de uma forma estável.
De acordo com a OnLive, o segredo está na forte compressão de vídeo interactivo graças a um algoritmo próprio. Desta forma podem-se utilizar conexões de Internet de baixa velocidade para fazer chegar às casas dos utilizadores os videojogos que desejem sem necessidade de possuírem uma consola, necessitando apenas de um PC de gama média. O interface será composto por várias janelas, e o serviço que será pago, tem um conceito semelhante ao Xbox Live onde haverá lista de amigos, perfil do jogador e a possibilidade de gravar e partilhar vídeos. Outra das vantagens do OnLive é a sua forte defesa contra a pirataria, que aqui é inexistente, garantindo lucros fixos pela subscrição e outros extras.
Os requisitos da conexão à Internet, com com a qual deve ter em conta o utilizador, será entre os 1.5 e os 5 Mbps. Apesar de surgirem algumas duvidas em termos técnicos, como a eliminação de lag ao executar várias sessões de vários clientes numa mesma máquina, o conceito da OnLive é certamente possível.
Este sistema já tem o apoio de algumas das maiores produtoras da indústria como a Electronic Arts, Ubisoft, Take-Two, Warner Bros, THQ, Epic Games, Eidos, Atari e Codemasters, que já confirmaram a sua presença nesta nova plataforma.
O período de testes vai começar neste Verão e o seu lançamento está previsto para finais de 2009. O hardware tradicional, como o PC e as consolas, que se cuide. Em baixo podem ver imagens do control pad e do terminal OnLive.
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